A heroína é uma substância psico-activa aditiva processada a partir da morfina, substância extraída da semente da papoila, tendo uma acção depressora (funcionando como um poderoso analgésico e abrandando o seu funcionamento) sobre o Sistema Nervoso Central e uma das que mais problemas gera a nível mundial, estimando-se em cerca de 15 milhões de consumidores de opiáceos (heroína, morfina e ópio) no mundo e 750.000 consumidores de droga injectada na Europa, uma das grandes responsáveis da disseminação de HIV, Hepatite C e B e Tuberculose. Saliente-se que os opiáceos, ou poli-consumo com opiáceos, ainda constituem a principal droga ilícita entre os pacientes que procuram tratamento nos principais países europeus e em Portugal.
Todavia, o consumo de heroína parece tender para a estabilização ou mesmo diminuição em detrimento da cannabis, anfetaminas ou cocaína.
A heroína é comercializada em pó, castanho ou branco (quando pura), e administrada por via endovenosa, fumada ou inalada. Na rua é designada por pó, cavalo, castanha, brown sugar, veneno, etc. É frequentemente misturada com cocaína (speedball) de forma a tornar os efeitos de ambas mais intensos e duradouros.
Dos opiáceos fazem parte substâncias analgésicas como heroína, ópio, morfina, codeína, metadona, agonistas mistos como buprenorfina e antagonistas como a naltrexona. É de referir que está provado que a metadona é uma droga usada como um tratamento de heroinómanos que é mais aditiva do que a heroína, só devendo ser dada como parte de uma abordagem holística do paciente.
Efeitos predominantes: os opiáceos produzem analgesia, tonturas, alterações do humor e, em casos de doses elevadas, obnubilação mental mediante a depressão do SNC e da actividade cardíaca, salientando-se que através da administração por injecção os seus efeitos são muito mais rápidos e poderosos: a um conjunto de sensações no baixo-ventre e ruborização da pele segue-se uma sensação inebriante e euforizante, descida do ritmo respiratório e abrandamento dos movimentos peristálticos do cólon, causando prisão de ventre.
As alterações do SNC incluem a diminuição do tamanho da pupila, contracções musculares, tremor e sinais de confusão.
Associados à dependência dos opiáceos estão problemas médicos como o HIV/Sida (a complicação médica mortal mais frequente), abcessos e outras infecções da pele e músculos, possibilidade de afectar o feto (em caso de gravidez), hepatite e outras perturbações hepáticas, úlceras gástricas, arritmias, endocardite, anemia, infecções dos ossos e articulações, anormalidades no fundo ocular, insuficiência renal, destruição da massa muscular, pneumonia, abcessos pulmonares, tuberculose e broncospasmo. Registam-se ainda problemas emocionais e sociais como depressão, perturbações da função sexual, problemas com a polícia e problemas sociais e de relacionamento social.
A tolerância à maioria dos opiáceos desenvolve-se rapidamente, particularmente com analgésicos como a heroína, sendo fortemente viciantes, desenvolvendo-se a dependência física após um período de consumo relativamente curto. O grau de dependência varia com a potência da droga consumida, das doses tomadas e da duração do contacto com a droga.
Um consumidor típico de rua é do sexo masculino, inicia-se aos 18 anos, tem habitualmente historial de comportamento delinquente e anti-social, a taxa de mortalidade é de cerca de 5 em cada 10 particularmente por suicídio, acidentes e doenças como SIDA, Tuberculose e outras infecções (derivadas de complicações com agulhas contaminadas e drogas impuras).
Quando se consegue manter abstinente durante 3 ou mais anos há maiores probabilidades de manter-se abstinente, situação que melhora conjugada com um quadro de estabilidade de emprego, estar casado (estabilidade familiar e afectiva), praticar poucos ou nenhuns actos de delinquência e pouca evidência de abuso de outras substâncias.
As crises de vida ou depressões parecem evidenciar um importante papel nas recaídas. É ainda de notar que nos casos de insucesso de tratamento regista-se um abuso de consumo e problemas relacionados com o álcool, dado que, privado da heroína, potencia os efeitos de outras drogas.
Muitos opiáceos, como a morfina, buprenorfina e metadona, são úteis e de uso clínico importante pelas suas propriedades analgésicas ou antagonistas usadas no tratamento de heroinómanos. Os programas de substituição de metadona (narcótico opiáceo substituto, administrado a heroinómanos e que bloqueia o síndrome da abstinência opiácea e proporciona a estabilização do toxicodependente) devem ser encarados não só como a solução mais fácil e uniformizada a todos os toxicodependentes mas sim visando objectivos sócio-sanitários adaptados aos trajectos singulares daqueles, proporcionando-lhes a melhoria do estado de saúde e contrariando os processos de marginalização social através de condições logísticas e de apoio no restabelecimento de laços sociais.
Torna-se assim possível a ocorrência de dependências integradas com substâncias narcóticas, isto é, compatíveis com um funcionamento relacional e social convenciona, mediante uma prescrição que deve obedecer a rígidos critérios de administração e controlo, começando por oferecer aos consumidores uma melhoria visível e imediata no seu dia-a-dia. É absolutamente necessário que o consumidor não se torne clandestino de forma a continuar acessível às intervenções assistenciais, preventivas ou reabilitadoras, promovendo-se assim uma maior igualdade e inclusão social.
Para além da apresentação de problemas emocionais e sociais, existe um conjunto de sintomas físicos e comportamentais indicadores de abuso desta classe de substâncias como aumento da pigmentação da zona das veias, evidência de veias nodosas, dedos em baquete de tambor, pupilas contraídas, tumefacção da mucosa nasal (casos de inalação da droga), queixas de fortes dores como cólicas renais, dores na coluna ou abdominais, lesões e abcessos.
Uma consulta ao médico e psicólogo para estabelecimento de um diagnóstico prévio e realização de exames clínicos complementares, assim como a aferição do real desejo de mudança tendente à diminuição ou abandono do consumo de drogas, constituem o primeiro passo para posterior encaminhamento do toxicodependente para o tipo de tratamento mais adequado ao seu perfil e às suas necessidades.
O tratamento de um toxicodependente deve assentar na garantia de uma intervenção ao nível físico, psíquico e social, não obrigatoriedade e necessidade de equipas profissionais e multidisciplinares.
Todavia, o consumo de heroína parece tender para a estabilização ou mesmo diminuição em detrimento da cannabis, anfetaminas ou cocaína.
A heroína é comercializada em pó, castanho ou branco (quando pura), e administrada por via endovenosa, fumada ou inalada. Na rua é designada por pó, cavalo, castanha, brown sugar, veneno, etc. É frequentemente misturada com cocaína (speedball) de forma a tornar os efeitos de ambas mais intensos e duradouros.
Dos opiáceos fazem parte substâncias analgésicas como heroína, ópio, morfina, codeína, metadona, agonistas mistos como buprenorfina e antagonistas como a naltrexona. É de referir que está provado que a metadona é uma droga usada como um tratamento de heroinómanos que é mais aditiva do que a heroína, só devendo ser dada como parte de uma abordagem holística do paciente.
Efeitos predominantes: os opiáceos produzem analgesia, tonturas, alterações do humor e, em casos de doses elevadas, obnubilação mental mediante a depressão do SNC e da actividade cardíaca, salientando-se que através da administração por injecção os seus efeitos são muito mais rápidos e poderosos: a um conjunto de sensações no baixo-ventre e ruborização da pele segue-se uma sensação inebriante e euforizante, descida do ritmo respiratório e abrandamento dos movimentos peristálticos do cólon, causando prisão de ventre.
As alterações do SNC incluem a diminuição do tamanho da pupila, contracções musculares, tremor e sinais de confusão.
Associados à dependência dos opiáceos estão problemas médicos como o HIV/Sida (a complicação médica mortal mais frequente), abcessos e outras infecções da pele e músculos, possibilidade de afectar o feto (em caso de gravidez), hepatite e outras perturbações hepáticas, úlceras gástricas, arritmias, endocardite, anemia, infecções dos ossos e articulações, anormalidades no fundo ocular, insuficiência renal, destruição da massa muscular, pneumonia, abcessos pulmonares, tuberculose e broncospasmo. Registam-se ainda problemas emocionais e sociais como depressão, perturbações da função sexual, problemas com a polícia e problemas sociais e de relacionamento social.
A tolerância à maioria dos opiáceos desenvolve-se rapidamente, particularmente com analgésicos como a heroína, sendo fortemente viciantes, desenvolvendo-se a dependência física após um período de consumo relativamente curto. O grau de dependência varia com a potência da droga consumida, das doses tomadas e da duração do contacto com a droga.
Um consumidor típico de rua é do sexo masculino, inicia-se aos 18 anos, tem habitualmente historial de comportamento delinquente e anti-social, a taxa de mortalidade é de cerca de 5 em cada 10 particularmente por suicídio, acidentes e doenças como SIDA, Tuberculose e outras infecções (derivadas de complicações com agulhas contaminadas e drogas impuras).
Quando se consegue manter abstinente durante 3 ou mais anos há maiores probabilidades de manter-se abstinente, situação que melhora conjugada com um quadro de estabilidade de emprego, estar casado (estabilidade familiar e afectiva), praticar poucos ou nenhuns actos de delinquência e pouca evidência de abuso de outras substâncias.
As crises de vida ou depressões parecem evidenciar um importante papel nas recaídas. É ainda de notar que nos casos de insucesso de tratamento regista-se um abuso de consumo e problemas relacionados com o álcool, dado que, privado da heroína, potencia os efeitos de outras drogas.
Muitos opiáceos, como a morfina, buprenorfina e metadona, são úteis e de uso clínico importante pelas suas propriedades analgésicas ou antagonistas usadas no tratamento de heroinómanos. Os programas de substituição de metadona (narcótico opiáceo substituto, administrado a heroinómanos e que bloqueia o síndrome da abstinência opiácea e proporciona a estabilização do toxicodependente) devem ser encarados não só como a solução mais fácil e uniformizada a todos os toxicodependentes mas sim visando objectivos sócio-sanitários adaptados aos trajectos singulares daqueles, proporcionando-lhes a melhoria do estado de saúde e contrariando os processos de marginalização social através de condições logísticas e de apoio no restabelecimento de laços sociais.
Torna-se assim possível a ocorrência de dependências integradas com substâncias narcóticas, isto é, compatíveis com um funcionamento relacional e social convenciona, mediante uma prescrição que deve obedecer a rígidos critérios de administração e controlo, começando por oferecer aos consumidores uma melhoria visível e imediata no seu dia-a-dia. É absolutamente necessário que o consumidor não se torne clandestino de forma a continuar acessível às intervenções assistenciais, preventivas ou reabilitadoras, promovendo-se assim uma maior igualdade e inclusão social.
Para além da apresentação de problemas emocionais e sociais, existe um conjunto de sintomas físicos e comportamentais indicadores de abuso desta classe de substâncias como aumento da pigmentação da zona das veias, evidência de veias nodosas, dedos em baquete de tambor, pupilas contraídas, tumefacção da mucosa nasal (casos de inalação da droga), queixas de fortes dores como cólicas renais, dores na coluna ou abdominais, lesões e abcessos.
Uma consulta ao médico e psicólogo para estabelecimento de um diagnóstico prévio e realização de exames clínicos complementares, assim como a aferição do real desejo de mudança tendente à diminuição ou abandono do consumo de drogas, constituem o primeiro passo para posterior encaminhamento do toxicodependente para o tipo de tratamento mais adequado ao seu perfil e às suas necessidades.
O tratamento de um toxicodependente deve assentar na garantia de uma intervenção ao nível físico, psíquico e social, não obrigatoriedade e necessidade de equipas profissionais e multidisciplinares.
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