Ainda que nem todos os consumidores venham a sofrer os problemas persistentes e graves relacionados com o álcool, ou seja alcoolismo, não nos podemos esquecer que o álcool é a substância psico-activa lícita de abuso mais consumida em Portugal: aproximadamente 1.8 milhôes de portugueses são bebedores excessivos e doentes alcoólicos crónicos.
De acordo com o Relatório World Drink Trends 2005, em Portugal o consumo per capita de álcool é um dos mais elevados do mundo, cerca de 9.6 Litros de álcool puro, encontrando-se no 8º lugar do ranking mundial; o 4º a nível de consumo de vinho (42 L/ano); o 23º a nível de consumo de cerveja (58.7 L); e o 31º a nível de consumo de bebidas espirituosas (1.4 L).
A gravidade e dimensão desta problemática pode ser constatada nos seguintes dados:
· Mais de 60% dos jovens de ambos os sexos entre os 12 e os 16 anos consomem álcool e mais de 70% com +16 anos consomem regularmente;
· O Consumo de bebidas alcoólicascomo a cerveja, bebidas espirituosas com refrigerantes, shots e misturas explosivas como Tequilha+Gin+Vodka+Absinto;
· A mortalidade ligada ao álcool estima-se como a 4ª causa de morte;
· Cerca de 10.3% da população portuguesa com +15 anos é doente alcoólica (800.000 alcoólicos) e 13.7% é bebedora excessiva (1.000.000);
· 40% (Masculino) e 10% (Feminino) dos internamentos em Hospitais Gerais encontram-se relacionados com o consumo excessivo de álcool;
· 30% dos internamentos em Hospitais Psiquiátricos são relacionados com doentes alcoólicos e 37% dos comportamentos suicidários;
· 33% das mortes por acidentes de viação e 34% das mortes por acidentes de trabalho revelaram alcoolémia positiva (região de Coimbra)
· Relação firme e gradual entre álcool e doenças e/ou mortais como cirrose hepática, neoplasias das vias respiratórias, do aparelho digestivo superior, colo-rectais, fígado, hipertensão arterial, pancreatite crónica, AVC hemorrágicos; mesmo com consumos ditos reduzidos (25 gramas/dia)
· 98% dos doentes alcoólicos referem conflituosiade familiar, 76% perturbações laborais (baixas frequentes, faltas, conflitos, baixa de rendimento, sinistralidade), 69% complicações sociais dos quais 16,5% problemas jurídico-criminais.
· A criminalidade associada é exponencialmente mais elevada sob efeito de álcool a nível de condução, crimes sexuais, ofensas corporais;
O álcool é uma substância psico-activa depressora do Sistema Nervoso Central, pelas suas propriedades anestésicas, afectando quer o cérebro quer o organismo humano, constituindo o alcoolismo (ou dependência do álcool) uma doença em que se verificam os seguintes sintomas: craving ou forte desejo / necessidade incontrolável de consumir; perda de controlo do consumo; dependência física com sintomas como náuseas, vómitos, tremores, suores e ansiedade; e tolerância com cada vez maiores quantidades consumidas para o estado de ebriedade. Independentemente dos problemas de saúde, familiares, sociais e legais, o alcoólico é um doente crónico em que, mesmo após tratamento, deve evitar consumir bebidas alcoólicas de forma a não recair.
Pergunta-se muitas vezes: porque bebem uns e outros não conseguem controlar os consumos?
As evidências científicas apontam para os seguintes factores como potenciadores do risco de uma pessoa tornar-se dependente do álcool:
· Problemas genéticos, antecedentes familiares com problemática de alcoolismo podem concorrer para um consumo excessivo; ambientais; culturais; pressão de pares / grupo; e acessibilidade e facilidade de consumo.
· Caracterizado por um padrão de consumo do qual resulta ao longo de período de tempo fracasso no cumprimento de actividades laborais, escolares ou de responsabilidade; beber em caso de situações perigosas como conduzir ou operar máquinas; ter problemas legais recorrentes e continuar a beber apesar da persistência dos problemas de relacionamento, o abuso do álcool pode tornar-se uma doença, pelo que quanto mais cedo uma pessoa obtiver ajuda maiores serão as hipóteses de uma recuperação com sucesso.
· Embora o alcoolismo seja tratável, não é curável, permanecendo a susceptibilidade de recaída, pelo que importa cortar de vez com o álcool. Sendo um processo longo para atingir o estado de sobriedade, as recaídas não significam necessariamente um fracasso ou impossibilidade de recuperação, sendo nestes casos importante e necessário que a pessoa deixe de beber e procure ajuda adicional que lhe permita manter-se abstinente.
Efeitos Predominantes: A nível do SNC as alterações verificadas são maiores no consumo agudo do que no crónico, dependem da quantidade consumida e são afectadas por susceptibilidades genéticas, produzindo uma modificação das propriedades dos lípidos presentes na membrana dos neurónios; aumenta os metabólitos da dopamina; aumenta a libertação da serotonina (e gera a sua redução em consumos crónicos); aumenta a acção do sistema inibidor de transmissores que envolve o GABA; e um efeito inibidor na acção dos receptores NMDA.
A nível de perturbações do comportamento, dependendo da idade, constituição física, sexo, frequência e tolerância, podem verificar-se entre outros défices de coordenação, euforia, défices de cognição, perturbações do discernimento, labilidade do humor, descoordenação, défice de raciocínio, náuseas e vómitos, lapsos de memória, insuficiência respiratória, coma e morte.
A nível do organismo, para os não alcoólicos em boa forma física e em doses moderadas (até 30gr/dia para os homens), tem efeitos benéficos sobre a sociabilidade, possível estimulação do apetite e provável redução do risco de doença cardiovascular (pela redução de lipotreínas de alta densidade). Para além destas doses e/ou em caso de doença, os danos causados pela interacção com o consumo de álcool podem ser muito mais graves, com alterações fisiológicas a nível do aumento do ácido úrico e dos ácidos gordos livres; redução de transferrinas deficiente em carbo-hidratos; aumento de taxa de doença ulcerosa, gastrite, pancreatites, alteração do funcionamento do esófago, fígado gordo, hepatite alcoólica, hepatite crónica e cirrose; aumento de possibilidade de cancro do tracto digestivo, cabeça, pescoço e pulmões; alterações hormonais e problemas na função sexual; e não menos importante aumenta as possibilidades de acidentes e défices da capacidade de condução de veículos e operação de máquinas.
Apontando as tendências para um crescimento do consumo de cerveja, aumento do consumo de álcoolpelas mulheres, aumento do consumo de bebidas alcoólicas pelos jovens, crescente aumento de consumo de bebidasdestiladas e com maior teor alcoólico, são pelo contrário evidentes os benefícios decorrentes do controlo e prevenção dosproblemas relacionados com o álcool: redução dos custos do tratamento de doentes alcoólicos e suas complicações; redução do absentismo e acidentes laborais; aumento de produtividade; melhoria do rendimento escolar; diminuição dos problemas sócio-familiares como violência doméstica, abuso de menores; redução da criminalidade e consequentemente dos custos judiciais.
Ainda que envolvido num padrão de abuso de álcool, procure ajuda com o objectivo de: analisar os benefícios de por fim a um padrão de consumo não saudável; impor um objectivo de consumo a si mesmo; analisar as situações que despoletam os padrões de consumo e desenvolver novas formas de lidar com essas situações.
De acordo com o Relatório World Drink Trends 2005, em Portugal o consumo per capita de álcool é um dos mais elevados do mundo, cerca de 9.6 Litros de álcool puro, encontrando-se no 8º lugar do ranking mundial; o 4º a nível de consumo de vinho (42 L/ano); o 23º a nível de consumo de cerveja (58.7 L); e o 31º a nível de consumo de bebidas espirituosas (1.4 L).
A gravidade e dimensão desta problemática pode ser constatada nos seguintes dados:
· Mais de 60% dos jovens de ambos os sexos entre os 12 e os 16 anos consomem álcool e mais de 70% com +16 anos consomem regularmente;
· O Consumo de bebidas alcoólicascomo a cerveja, bebidas espirituosas com refrigerantes, shots e misturas explosivas como Tequilha+Gin+Vodka+Absinto;
· A mortalidade ligada ao álcool estima-se como a 4ª causa de morte;
· Cerca de 10.3% da população portuguesa com +15 anos é doente alcoólica (800.000 alcoólicos) e 13.7% é bebedora excessiva (1.000.000);
· 40% (Masculino) e 10% (Feminino) dos internamentos em Hospitais Gerais encontram-se relacionados com o consumo excessivo de álcool;
· 30% dos internamentos em Hospitais Psiquiátricos são relacionados com doentes alcoólicos e 37% dos comportamentos suicidários;
· 33% das mortes por acidentes de viação e 34% das mortes por acidentes de trabalho revelaram alcoolémia positiva (região de Coimbra)
· Relação firme e gradual entre álcool e doenças e/ou mortais como cirrose hepática, neoplasias das vias respiratórias, do aparelho digestivo superior, colo-rectais, fígado, hipertensão arterial, pancreatite crónica, AVC hemorrágicos; mesmo com consumos ditos reduzidos (25 gramas/dia)
· 98% dos doentes alcoólicos referem conflituosiade familiar, 76% perturbações laborais (baixas frequentes, faltas, conflitos, baixa de rendimento, sinistralidade), 69% complicações sociais dos quais 16,5% problemas jurídico-criminais.
· A criminalidade associada é exponencialmente mais elevada sob efeito de álcool a nível de condução, crimes sexuais, ofensas corporais;
O álcool é uma substância psico-activa depressora do Sistema Nervoso Central, pelas suas propriedades anestésicas, afectando quer o cérebro quer o organismo humano, constituindo o alcoolismo (ou dependência do álcool) uma doença em que se verificam os seguintes sintomas: craving ou forte desejo / necessidade incontrolável de consumir; perda de controlo do consumo; dependência física com sintomas como náuseas, vómitos, tremores, suores e ansiedade; e tolerância com cada vez maiores quantidades consumidas para o estado de ebriedade. Independentemente dos problemas de saúde, familiares, sociais e legais, o alcoólico é um doente crónico em que, mesmo após tratamento, deve evitar consumir bebidas alcoólicas de forma a não recair.
Pergunta-se muitas vezes: porque bebem uns e outros não conseguem controlar os consumos?
As evidências científicas apontam para os seguintes factores como potenciadores do risco de uma pessoa tornar-se dependente do álcool:
· Problemas genéticos, antecedentes familiares com problemática de alcoolismo podem concorrer para um consumo excessivo; ambientais; culturais; pressão de pares / grupo; e acessibilidade e facilidade de consumo.
· Caracterizado por um padrão de consumo do qual resulta ao longo de período de tempo fracasso no cumprimento de actividades laborais, escolares ou de responsabilidade; beber em caso de situações perigosas como conduzir ou operar máquinas; ter problemas legais recorrentes e continuar a beber apesar da persistência dos problemas de relacionamento, o abuso do álcool pode tornar-se uma doença, pelo que quanto mais cedo uma pessoa obtiver ajuda maiores serão as hipóteses de uma recuperação com sucesso.
· Embora o alcoolismo seja tratável, não é curável, permanecendo a susceptibilidade de recaída, pelo que importa cortar de vez com o álcool. Sendo um processo longo para atingir o estado de sobriedade, as recaídas não significam necessariamente um fracasso ou impossibilidade de recuperação, sendo nestes casos importante e necessário que a pessoa deixe de beber e procure ajuda adicional que lhe permita manter-se abstinente.
Efeitos Predominantes: A nível do SNC as alterações verificadas são maiores no consumo agudo do que no crónico, dependem da quantidade consumida e são afectadas por susceptibilidades genéticas, produzindo uma modificação das propriedades dos lípidos presentes na membrana dos neurónios; aumenta os metabólitos da dopamina; aumenta a libertação da serotonina (e gera a sua redução em consumos crónicos); aumenta a acção do sistema inibidor de transmissores que envolve o GABA; e um efeito inibidor na acção dos receptores NMDA.
A nível de perturbações do comportamento, dependendo da idade, constituição física, sexo, frequência e tolerância, podem verificar-se entre outros défices de coordenação, euforia, défices de cognição, perturbações do discernimento, labilidade do humor, descoordenação, défice de raciocínio, náuseas e vómitos, lapsos de memória, insuficiência respiratória, coma e morte.
A nível do organismo, para os não alcoólicos em boa forma física e em doses moderadas (até 30gr/dia para os homens), tem efeitos benéficos sobre a sociabilidade, possível estimulação do apetite e provável redução do risco de doença cardiovascular (pela redução de lipotreínas de alta densidade). Para além destas doses e/ou em caso de doença, os danos causados pela interacção com o consumo de álcool podem ser muito mais graves, com alterações fisiológicas a nível do aumento do ácido úrico e dos ácidos gordos livres; redução de transferrinas deficiente em carbo-hidratos; aumento de taxa de doença ulcerosa, gastrite, pancreatites, alteração do funcionamento do esófago, fígado gordo, hepatite alcoólica, hepatite crónica e cirrose; aumento de possibilidade de cancro do tracto digestivo, cabeça, pescoço e pulmões; alterações hormonais e problemas na função sexual; e não menos importante aumenta as possibilidades de acidentes e défices da capacidade de condução de veículos e operação de máquinas.
Apontando as tendências para um crescimento do consumo de cerveja, aumento do consumo de álcoolpelas mulheres, aumento do consumo de bebidas alcoólicas pelos jovens, crescente aumento de consumo de bebidasdestiladas e com maior teor alcoólico, são pelo contrário evidentes os benefícios decorrentes do controlo e prevenção dosproblemas relacionados com o álcool: redução dos custos do tratamento de doentes alcoólicos e suas complicações; redução do absentismo e acidentes laborais; aumento de produtividade; melhoria do rendimento escolar; diminuição dos problemas sócio-familiares como violência doméstica, abuso de menores; redução da criminalidade e consequentemente dos custos judiciais.
Ainda que envolvido num padrão de abuso de álcool, procure ajuda com o objectivo de: analisar os benefícios de por fim a um padrão de consumo não saudável; impor um objectivo de consumo a si mesmo; analisar as situações que despoletam os padrões de consumo e desenvolver novas formas de lidar com essas situações.
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